sábado, 5 de novembro de 2022

O Caminho faz-se caminhando

Não é segredo que a minha modalidade desportiva de eleição é o jogging, mas também gosto muito de hiking em serra. Na do Louro, na da Arrábida, na de Sintra, na de Monchique, na de Aires e Candeeiros, na da Lousã...

Sinto que recarrego as "baterias" e que faço um restart ao cérebro perto da natureza, facilmente caminho durante horas e aguento bem 15, 20 km seguidos de uma vez. E por isso (e também por outras razões), um dos meus objetivos para 2023 é fazer uma parte d' O Caminho de Santiago.

O meu "caminho" pessoal, entre a infância, a adolescência e o início da idade adulta, passou pela vida ativa na igreja católica. Catequese, primeira comunhão, profissão de fé, crisma, escuteiros e grupo de jovens, todas estas atividades ajudaram (para além da educação familiar) a construir a pessoa que sou hoje: os meus valores pessoais, o meu sentido de ética e integridade, de compaixão, de amor ao próximo, de resiliência, de liderança, de respeito e humildade pela natureza e pelo que ela nos dá... 

E sim, talvez, por ainda ter vivo no coração o meu lado escuteira me sinta tão em harmonia junto da natureza e, agora, na casa dos 40, pretenda através d' O Caminho reaproximar-me dessa fase que me construiu enquanto pessoa. Confesso também que a aventura e o desafio físico estão a "chamar" por mim.

O equipamento necessário já existe, por isso, é desenhar um plano de treinos que me preparem para mais de 100 km em 5/6 dias consecutivos e, a seguir, treinar com motivação, disciplina e fé, em mim e em Deus ou, se preferirem, no Universo.

Hoje foi dia de pegar nas botas de montanha e ir fazer, mais uma vez, os Passadiços da Mata dos Medos, no concelho de Almada. Uma hora de caminhada, dentro dos passadiços e também fora, na mata propriamente dita. Encher os pulmões de ar puro, ver o pôr-do-sol a beijar o mar... 

Algures neste caminho, saí dos passadiços, mas como é Outono e anoitece cedo, foi ficando rapidamente mais escuro e mais húmido no meio da mata... Quis voltar aos passadiços, mas durante alguns (longos) minutos caminhei sem referências. Até que me surgiu isto: uma seta enorme desenhada (no chão à minha esquerda, cerca de 1 metro de onde eu estava) por alguém a quem, eventualmente, tenha acontecido o mesmo. Vi a seta, olhei para onde apontava e a poucos metros dali, entre a vegetação, consegui ver os pilares dos passadiços. Sorri e agradeci ao Universo e ao amigo desconhecido que desenhou esta seta no chão daquele local. 

A minha conclusão?

Se prestarmos atenção, a Vida dá-nos sempre sinais da direção. Isso e ombros amigos para nos apoiarmos.

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Bom fim de semana!
 

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