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sábado, 8 de fevereiro de 2020

Sopa de Batata-Doce e Espinafres

Faz hoje 10 anos que deixei de fumar! Uuu-uuuuuuuuuuu! 

Tomei a decisão de forma consciente (mais consciente do que quando comecei), deixei o maço a meio e nunca mais toquei num cigarro. No dia em que fumei pela última vez, disse ao J. que aquele seria o meu último cigarro. Ele, trocista, olhou para mim e riu-se. Mas que sabia ele na altura sobre a minha força de vontade? Acho que entretanto, quer ele, quer eu, aprendemos muito sobre essa minha força...

Não precisei de consultas especiais, pensos ou pastilhas de nicotina, nem ganhei peso a mais. Ganhei sim "pulmão" para as corridas, o olfacto e o paladar melhoram substancialmente, o cabelo e a roupa passaram a cheirar sempre bem e a carteira ganhou novo fôlego (e passados 10 anos, ainda ponho no mealheiro - sim, tenho uma porquinha cor de rosa na cómoda do quarto - todo o dinheiro que gastaria por semana em maços de tabaco). Foi sem qualquer dúvida, uma das melhores resoluções da minha vida!

Quando partilho a minha história com quem ainda fuma, oiço dizer muitas vezes que deixar de fumar assim só é possível para quem não tinha o vício. Mas eu fumei durante 16 anos, 3 a 4 maços por semana, e se isso não era vício, não sei o que seria. Depois vem usualmente o argumento de que "Mas eu gosto de fumar!", ao que eu usualmente respondo que também eu gostava de fumar, mas descobri que gosto mais das minhas veias, dos meu pulmões e da minha carteira. E depois vem um silêncio de desconforto do outro lado... A ficha cai, mas mudar hábitos custa. É mais fácil então mudar de conversa. 

Quando dou formação e abordo as questões da Motivação, digo aos meus formandos que a motivação é intrínseca e não extrínseca. Ou seja, começa e acaba sempre em cada um de nós. Da mesma maneira que a mudança também começa sempre em cada um de nós, nunca nos outros. Afinal, só nos podemos mudar a nós próprios e a mudança dos outros nunca depende de nós.
A automotivação e a autoregulação é o que nos faz "andar" até alcançar o(s) objectivo(s) - qualquer que ele(s) seja(m). É o que nos dá força quando a tentação nos volta a atormentar. Agora, tem é de haver um objectivo a atingir e ele tem de estar claro na nossa cabeça. Isso e termos definido claramente qual o benefício para nós próprios em atingi-lo.

No exemplo de deixar o tabaco, deixar de fumar é o objectivo e o benefício pode ser poupar dinheiro e/ou melhorar a saúde cardiovascular. Mas não podemos deixar ficar a "coisa" por aqui: há que nos "mostrar" o benefício. Ou seja, arranje um mealheiro e poupe todo o dinheiro que ia gastar em tabaco num mês, em seis meses ou num ano. Vai uma aposta que quando vir no final de cada mês o dinheiro que poupou, vai arranjar de seguida um objectivo para essa poupança de dinheiro? Podem ser as férias do próximo ano, um novo robot de cozinha, amortizar uma dívida, pagar o IMI, o que seja, mas vai acontecer-lhe também a si.
No meu caso, as minhas poupanças referentes ao tabaco que já não fumo já pagaram, entre outras coisas, férias, equipamento fotográfico novo e um robot de cozinha topo de gama. E quer saber? Quando olho para as coisas dessa forma, para além de saber que as minhas veias e os meus pulmões são muito mais saudáveis hoje do que há 10 anos atrás, o benefício financeiro que encontro em ter deixado de fumar faz-me querer activamente não voltar a tocar em tabaco. Por isso, e de novo, hoje é dia de festa por aqui: não fumo há uma década!

Podia celebrar com um bolinho, afinal até é fim-de-semana, mas prefiro celebrar com uma sopinha boa! É que o fim-de-semana por aqui é raras vezes sinónimo de bolos e sempre sinónimo de compra de alimentos e de pré-preparação das refeições da semana seguinte.
Preparar as refeições da semana com antecedência dá um jeitaço quando as agendas andam uma loucura. No nosso caso, o início de ano é sempre uma altura de muitas horas de produção dentro de 4 paredes: termina-se a programação de experiências, escapadas e viagens do novo ano; carrega-se produto novo nos sites; "cozinham-se" as novas brochuras e preparam-se as presenças nas feiras de turismo ao longo do ano. Por isso, e para não rebentar com o orçamento mensal para alimentação e com a balança, tem de haver comida saborosa, variada, saudável e pronta a aquecer quando se regressa a casa do trabalho, a desoras, e se sabe que a seguir ainda se vai trabalhar mais uns bons pares de horas.

E esta semana, na ementa há.... Rufos de tambor... Sopa de Batata-Doce e Espinafres na Bimby! Umas das nossas preferidas!
Usualmente as nossas refeições começam sempre com sopa e há mesmo dias em que o jantar é só sopa, umas fatias de queijo e umas tostas.  E a sopa que partilho hoje convosco, apesar de não ser uma receita super criativa, é uma receita garantidamente boa, fácil, muito saborosa e saudável! Não leva sal (e não precisa), fica super cremosa e não há esquisito na altura de comer que lhe ponha defeitos. Vai experimentar?





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Nº Pessoas: 6
Tempo Prep.:  60 m.
Dificuldade: * (Fácil)
Ingr. Principal: Vegetais
Vegetariano: Sim
Para Crianças: Sim
Tipo Prato: Sopas
Festividade: N/A
Cozinha: De Autor

Ingredientes:   
- 80 gr de Cebola (equivale grosseira/ a 1 cebola média)
- 20 gr de Azeite
- 110 gr de Cenoura (equivale grosseira/ a 3 cenouras pequenas)
- 950 gr de Batata-Doce (equivale grosseira/ a 2 batatas-doce grandes) *
- Tomilho seco q.b.
- Noz Moscada moída q.b.
- Pimenta Preta moída q.b.
- 170 gr de Espinafres baby (equivale a 1 saco de folhas de espinafres baby)
- 650 gr de Água
- Opcional: Mix de Sementes a gosto

Também vai precisar de:
- Tábua de corte + faca
- Descascador de legumes
- Escorredor 
- Robot de cozinha ou Panela de pressão e Varinha mágica

Preparação:
 * Notas:  
- Esta sopa adquire a cor da batata que usar, por isso, se usar  batata-doce laranja a sopa ficará alaranjada, se usar batata-doce branca (a que usei nesta receita) a sopa fica da cor dos espinafres;
- A receita foi preparada na Bimby TM6, no entanto, consegue facilmente preparar esta sopa numa panela de pressão, seguindo os passos pela ordem abaixo e adequando apenas os tempos à panela de pressão;
- Como deixámos de consumir sal no início de 2019, já deverá ter notado que da lista de ingredientes não consta sal. Se pretender usar este ingrediente, introduza-o, a gosto, no passo 3.

1. Descasque, parta, lave e escorra os vegetais. Reserve até utilizar.

2. Coloque no copo o azeite e a cebola cortada em pedaços e refogue 12 min. / 120º C / vel. 1

3. Adicione as cenouras e a batata-doce cortadas em pedaços e caramelize 5 min. / 120º C / vel. 1

4. Junte 1 pitada de tomilho seco, 1 pitada generosa de noz moscada moída, pimenta preta moída a gosto, 57 gr de espinafres e a água e deixe cozer 30 min. / 100º C / vel. 1

5. Triture tudo 1 min. / vel. 5 a 7 (aumentando progressivamente a velocidade)

6. Verifique se consistência está a seu gosto (se não estiver adicione um pouco mais de água), junte os espinafres restantes (114 gr) e coza 10 min. / 100º C / vel. 1

7. Prove, corrija os temperos se necessário e sirva bem quente, com um mix de sementes a gosto e...


Bom Apetite!

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